Um novo ajustamento tarifário do preço de venda da energia eléctrica para o Zimbabwe está em vigor, tendo a situação resultado num incremento em cerca de 1% do nível de receitas arrecadadas pela exportação do recurso para aquele país vizinho abraços com uma grave crise de índole económica e financeira.
O novo ajustamento tarifário foi de 2% e a sua entrada em vigor coincidiu com o aumento da respectiva quantidade exportada em 16%, segundo o Instituto para Promoção das Exportações (IPEX).
Já para a África do Sul, o preço de venda da energia moçambicana reduziu em cerca de 7%, enquanto a quantidade exportada aumentou em 4,5%, de acordo igualmente com o IPEX, no seu balanço de desempenho das exportações de 2010, apresentado por ocasião da realização, até domingo próximo, da 47ª edição da Feira Internacional do Maputo (FACIM), no novo recinto localizado na região de Ricatla, província do Maputo.
Pela energia exportada para África do Sul e Zimbabué, Moçambique encaixou, no período em análise, cerca de 276,5 milhões de dólares norte- americanos.
Frisa-se que, em 2010, as exportações experimentaram uma recuperação ténue de 4,5%, para 2243,1 milhões de dólares, impulsionadas pela aceleração, em 27,3%, das exportações dos grandes projectos que contribuem com 16% do Produto Interno Bruto (PIB).
Contudo, outros sectores que não são daquela categoria registaram uma queda de exportações em 31,3%, áreas que injectam na produção global de Moçambique o correspondente a 6% do PIB.
Últimos cinco anos
Do conjunto, entretanto, de produtos tradicionais das exportações moçambicanas, o valor do camarão revelou, em 2010, “uma tendência firme de queda”, segundo o IPEX, enquanto o algodão, açúcar e madeira seguiram trajectória de retoma, contrariamente à castanha e amêndoa de caju e ainda ao tabaco, cujas receitas de exportação foram negativas.
Oito outros produtos tradicionais das exportações moçambicanas, nomeadamente, algodão, açúcar, madeira, energia eléctrica, alumínio, gás natural, ilmenite e bunkers aumentaram as suas receitas encaixadas em percentagens que variam de 1% a 33,6%.