O projecto de construção de um pipeline para a recepção de gás doméstico a partir do Porto do Maputo, Sul de Moçambique, deverá estar concluído até Abril de 2012.
A conclusão desta infra-estrutura vai permitir que o país receba, em caso de necessidade, navios de gás numa economia de escala.
Manuel Braga, Director-geral da Importadora Moçambicana de Combustíveis (IMOPETRO), garantiu que, como resultado da construção do pipeline, o país deixará de depender das importações feitas via terrestre a partir da África do Sul.
Na sequência dessa dependência, vezes sem conta o mercado moçambicano de gás fica afectado devido à paralisação ou avaria das refinarias sul-africanas.
A última crise deste produto verificou-se no final do ano passado, quando a refinaria da Engen, actual fornecedora de gás a Moçambique, ardeu, tendo a falta do produto durado cerca de um mês e meio. Manuel Braga não avançou nenhum dado sobre o volume do investimento realizado.
No entanto, o “Notícias” refere que para além do pipeline, com cerca de dois quilómetros, houve esforços visando o aumento da capacidade de armazenamento de gás em mais de seis mil metros cúbicos. Actualmente, o gás é importado através de camiões o que se reflecte no preço ao consumidor.
Mesmo assim, segundo o director da IMOPETRO, numa primeira fase a importação de gás por navios não se afigura como prioridade no concurso recentemente lançado para o apuramento do novo fornecedor de gás a Moçambique.
No entanto, ela vai ser accionada quando necessária. Nas propostas já apuradas para a segunda fase do concurso algumas das empresas concorrentes apresentam alternativas de poderem contar com algumas embarcações para a importação de gás.
Moçambique é um dos principais produtores de gás na região austral de África, mas devido à falta de uma refinaria interna continua a depender fortemente das importações do gás de petróleo liquefeito (GPL), um subproduto do crude.