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FRELIMO nega estar a imitar Movimento Democrático de Moçambique

O partido FRELIMO, no poder em Moçambique desde 1975, nega que a escolha de um professor para candidato à autarquia de Inhambane seja uma resposta ao MDM, que também escolheu um docente para as eleições intercalares de 18 de Abril próximo.

A FRELIMO entregou, esta Segunda-feira, à Comissão Nacional de Eleições (CNE) a candidatura de Benedito Guimimo, professor secundário, às eleições intercalares para a presidência do município de Inhambane, Sul de Moçambique.

Guimimo vai disputar o cargo de autarca de Inhambane com o candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido moçambicano, Fernando Nhaca, que é professor primário.

O candidato do partido FRELIMO foi escolhido em eleições internas na semana passada, um mês após o MDM ter eleito o seu candidato, um lapso de tempo interpretado em vários círculos como uma forma de o partido no poder reagir à estratégia do seu adversário.

O aparente cuidado do partido FRELIMO em relação ao MDM terá a ver com o facto de o partido no poder ter perdido para a terceira maior força política a eleição intercalar de Quelimane em Dezembro de 2011.

Reacção da Frelimo

Interrogado pelos jornalistas esta segunda-feira na CNE, no Maputo, sobre se a FRELIMO terá sido condicionada pelo MDM na escolha do candidato de Inhambane, Sérgio Pantie, mandatário do partido, rejeitou esse quadro.

“De maneira nenhuma, a escolha do nosso candidato não teve nada a ver com os outros partidos, quando o processo começou, eram 23 candidatos às eleições internas, de várias origens profissionais, podia ter sido qualquer um”, enfatizou Sérgio Pantie.

O desaire de Quelimane, realçou o responsável do partido FRELIMO, não se vai repetir em Inhambane, pois neste município o partido no poder tem “um potencial de apoio muito maior”.

As eleições intercalares de Inhambane serão disputadas apenas entre a FRELIMO e o MDM, porque o maior partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), tem recusado participar nas eleições intercalares da actual legislatura por as considerar “uma fantochada” do partido no poder.

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