Produtores de óleo alimentar a nível mundial estão a utilizar o porto de Maputo como porta de acesso aos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, alguns dos quais defrontam-se com um défice de matéria-prima para a produção daquele produto.
Segundo o jornal Notícias, Moçambique apesar de dispor de pelo menos cinco unidades de refinaria de óleo alimentar, continua a depender da importação para suprir grande parte das suas necessidade.
Recentemente o terminal de líquidos do porto do Maputo recebeu mil toneladas de óleo alimentar em bruto proveniente da vizinha África do Sul, em trânsito para a Tanzânia, onde deverá ser refinado e distribuído no mercado local.
Fonte da Maputo Corridor Logistics Initiative (MCLI) disse ao jornal que a carga chegou ao porto da capital transportada em camiões-cisterna, numa experiência que poderá ser a primeira de muitas que se esperam para o futuro, tirando proveito das facilidades combinadas geradas pelas infra-estruturas do corredor, nomeadamente a estrada Maputo/Witbank.
Operado pela firma Maputo Liquids Storage Company (MLSC), o terminal tem capacidade para armazenar 10 mil toneladas de produtos, tendo recentemente recebido beneficiações de forma a possibilitar o abastecimento dos tanques através de camiões, ao mesmo tempo que se criaram facilidades para o embarque do produto para os navios.
No caso da mercadoria destinada à Tanzânia, depois de acondicionada nos tanques do terminal, foi embarcada num navio-tanque que veio a Maputo fazer o descarregamento de uma remessa de óleo alimentar destinado a abastecer o mercado nacional.
Sobre o terminal, Rui Vieira, do MLSC, disse que o mesmo é propriedade de uma multinacional com sede em Singapura, a Wilmar International, Ltd, uma das grandes produtoras mundiais de óleo alimentar.