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Porta-voz do Presidente Guebuza ignora guerra que se arrasta desde 2013 em Moçambique

O Conselheiro e Porta-voz do Presidente da República, Édson Macuácua, afirma que Moçambique não está a viver nenhuma instabilidade político-militar, mas sim situações de ataques armados protagonizados por homens Renamo nalguns pontos localizados do país. Entretanto os registos de confrontos armados envolvendo Forças Governamentais e antigos guerrilheiros do partido RENAMO somam-se na província de Inhambane, Sofala e agora também em Tete.

Macuácua, que falava este fim-de-semana sobre a agenda do Chefe do Estado, Armando Guebuza, fez saber que este irá participar, no dia 29 de mês em curso, na sede da União Africana, em Addis Abeba, Etiópia, na reunião do Conselho de Paz e Segurança a nível dos chefes de Estado africanos, na qual será analisada a situação dos países africanos com realce para o Egipto, República Centro africana, e Sudão do Sul.

Questionado sobre se a situação de instabilidade vivida em Moçambique faria parte da agenda nesse encontro, a Macuácua considerou que o país não está a viver nenhuma instabilidade político-militar. “É preciso saber caracterizar e tipificar situações. Não estamos, no nosso país, em nenhuma situação desta natureza (…). Há que reconhecer, sim, que existem ataques realizados pela Renamo que podem ter outra qualificação menos esta de instabilidade política”.

Os ex-guerrilheiros da Renamo, desde meados do ano passado, têm vindo a realizar ataques armados contra alvos militares e, nalguns casos, até civis. Inicialmente, as investidas ocorriam, particularmente, ao longo na Estrada Nacional Número Um (EN1) no troço Muxúnguè-rio Save e nalguns distritos da província central de Sofala.

Mas com o tempo, a situação arrastou-se para as regiões norte e sul do país onde já causou a deslocação de populações locais. Os membros seniores desta força política, em Maputo, defendem que os seus homens armados apenas reagem quando são atacados pelas forças do Governo.

No entanto, para o porta-voz do estadista moçambicano, que classifica a actual situação de ataques armados, “o país está a viver a paz e está estável”, facto que se consubstancia no funcionamento normal das diversas instituições.

Naturalmente, sublinha, “estamos preocupados com os ataques que estão a ter lugar em alguns pontos localizados protagonizados pela Renamo e o Chefe do Estado está engajado na solução política e pacífica desta situação, daí que queremos mais uma vez reiterar o convite e o apelo que o chefe de Estado tem proclamado convidando o presidente da Renamo para o dialogo”.

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