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População de Quelimane precisa de mais água

O Fundo de Investimento do Abastecimento de Água (FIPAG) refere que 70 porcento da populaçao da cidade de Quelimane tem acesso ao precioso líquido e estima que uma fontanária está para 500 pessoas em diferentes bairros suburbanos da capital provincial da Zambézia.

Essa situação deve-se ao facto de a rede de abastecimento de água no município de Quelimane ser fraca. Os residentes afirmam que o precioso líquido de que são abastecidos não é suficiente para as suas necessidades diárias.

Galbarbino da Silva, gestor comercial do FIPAG em Quelimane, reconheceu a existência da baixa de cobertura da rede de água em Quelimane e, por conseguinte, a insatisfação dos munícipes numa palestra realizada naquele ponto da região Central de Moçambique. E disse estar em curso um trabalho que envolve os sectores público e privado com vista a melhorar a qualidade de provisão de água, bem como aumentar a capacidade actual que é de 450 metros cúbicos por hora.

Para responder à demanda são necessários 700 metros cúbicos por hora, porém, esta quantidade só será possível depois da entrada em funcionamento de um novo centro distribuidor de Sampene, cuja conclusão das obras está prevista para Outubro próximo. Está orçado em mais de dois milhões de dólares desembolsados pelo Banco Mundial com a comparticipação do Governo de Moçambique. Neste momento, já foram executados 75 porcento da obra.

Na mesma palestra, a população de diferentes bairros da cidade de Quelimane criticou o FIPAG pelo baixo desempenho no fornecimento de água e alegou que pouco trabalho tem sido feito para solucionar a falta do precioso líquido, resolver o problema de baixa qualidade, perdas no acto de transporte para as residências, pagamento de altos valores de consumo, dentre outras anomalias.

Aliás, vários munícipes que são abastecidas pelas ligações domiciliárias queixam-se do facto de estarem a receber facturas e serem obrigados a pagá-las mesmo sem que o precioso líquido jorre nas suas torneiras há mais de um mês. Quando reclamam são ameaçados com multas ou cancelamento de contratos com a empresa.

Martina Rama, consultora da empresa Hidro Conselho e assistente técnica para a área de saneamento do meio no município de Quelimane, classificou de crítico e preocupante o problema de acesso à água potável na província da Zambézia, sobretudo nos bairros suburbanos da cidade de Quelimane, nomeadamente Sampene, Micajune, Icidua e Floresta onde uma parte da população ainda consome água obtida a partir de poços.

Refira-se que desde a independência nacional, Quelimane e o distrito de Nicoadala são abastecidos por uma centro distribuidor e tratamento de água montado no posto administrativo de Licuar, que neste momento se mostra incapaz de responder à demanda devido ao crescente número da população.

 

 

Redacção

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