A marca Pontiac, que teve o fim anunciado nesta segunda-feira pela montadora General Motors, era considerada o símbolo americano do carro esportivo, e representou por muito tempo a montadora nas corridas automobilísticas.
Hoje, a Pontiac representa menos de 2% do mercado americano, um número que faz jus a sua prestigiosa história. A primeira Pontiac foi comercializada em 1926 pela Oakland Car, uma montadora criada em 1907 e comprada pela GM dois anos depois.
O carro foi batizado com o nome da cidade de Pontiac, sede da empresa no estado do Michigan (norte dos EUA). A cidade havia sido chamada Pontiac em homenagem a um chefe indígena do século XVIII.
Equipadas desde o início com um motor seis cilindros, reconhecíveis pelas faixas impressas no capô, os Pontiac eram vendidos a preços razoáveis. Nos anos 50, a Pontiac lançou a Bonneville, uma combinação de luxo com velocidade que venceu a corrida de Daytona em 1959. Até 1963, e a retirada da GM das corridas automobilísticas, a Pontiac foi a principal marca da montadora em termos de performances. Assim que a GM voltou à competição, em 1983 na categoria stock-cars, foi representada novamente pela Pontiac. O sucesso da Bonneville lançou a moda das Pontiac e das berlinas esportivas com motores potentes.
A marca lançou vários modelos de sucesso, como Pontiac Grand Prix, GTO, Firebird e Firebird Trans Am. Depois das crises petrolíferas dos anos 70, a marca passou a se concentrar nos pequenos modelos. Nos anos 80, lançou Fiero de dois lugares, concebido para ser um “carro de suburbanos” mas que acabou se tornando um carro desportivo.
O início do fim da marca começou nos anos 90, quando a Pontiac distanciou-se da sua imagem tradicional para lançar carros familiares, tendo cada vez mais dificuldades para se diferenciar das outras marcas da GM.
Há poucos meses, a GM ainda pretendia manter a marca. Porém, devido à grave crise econômica, todos os modelos da Pontiac deverão ter deixado as concessionárias até o fim de 2010.