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Ponte Armando Guebuza aberta ao tráfego

Chefe do Estado salienta que a infraestrutura constitui um vector. Uma gigantesca moldura humana, estimada em mais de 50 mil pessoas, entre membros do governo, representantes dos órgãos de soberania e do corpo diplomático e público em geral, testemunhou anteontem, sábado, a ansiosamente aguardada inauguração da imponente ponte que estabelece a ligação rodoviária entre as regiões norte, centro e sul, através das margens de Chimuara e Caia, do rio Zambeze. 

O evento, que iniciou com a realização das cerimónias tradicionais nas duas extremidades da ponte, foi dirigido pelo Presidente da República, Armando Guebuza, cuja alocução vincou a importância do mega empreendimento na remoção das assimetrias interregionais e consequente impulsão ao desenvolvimento sócio-económico e cultural do país. Precisou que constitui um vector fundamental de consolidação do espírito de unidade da nação moçambicana.

O Chefe do Estado procedeu ao corte da fita da praxe junto à portagem instalada da parte da província de Sofala, onde efectuou o pagamento simbólico da taxa inerente, transitando, depois, para o lado de Chimuara a fim de descerrar a placa alusiva à inauguração da ponte que ostenta o seu nome e assinala o fim da longa e penosa travessia através de batelões, entre as duas margens do rio Zambeze. A construção da ponte, iniciada em 1976, teve que ser interrompida devido à guerra fratricida de 16 anos, tendo sido reatada a 13 de Março de 2007.

 Custou 78.657.225,90 euros, tendo 30 milhões sido desembolsados pela Comissão Europeia, 20 milhões pelo governo da Itália , 18,3 milhões de euros pelo governo sueco e 8.889 milhões de euros pelo Japão. Por seu turno, o governo contribuiu com 12.81 milhões de euros. Está dividida em duas partes, uma das quais designada ponte de aproximação e situada na margem de Caia, com 29 pilares e uma extensão de 1.600 metros. A outra parte localiza-se no próprio leito do rio, com 2.300 metros de comprimento e 16 metros de largura. Possui duas faixas de rodagem de 3,6 metros cada, duas bermas de 2,5 metros e dois passeios com 1,9 metro cada.

A ponte dispõe, ainda, em ambas as extremidades, de básculas para controlo da carga dos camiões à entrada da respectiva plataforma. Além de postos de cobranças das portagens, de cujo pagamento estão isentos os peões, bicicletas, motociclos, viaturas de ambulâncias e de bombeiros. E as viaturas dos residentes nas duas margens do rio têm acesso a um livre trânsito mediante o pagamento mensal de uma taxa pré-paga de 500 meticais. Para assegurar a sua durabilidade, a ponte será objecto de uma rigorosa norma de manutenção rotineira.

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