Moçambique tem vindo a adoptar políticas de tratamento da malária cada vez mais eficazes, segundo garantias dadas pelo ministro da Saúde, Ivo Garrido. Moçambique baniu oficialmente a monoterapia com artimisinina e, neste momento, o tratamento da malária é baseado em combinações terapêuticas de artimisinina e lumefantrina (o quartem).
A artimisinina é um medicamento contra a malária e por si só pode tratar esta doença. Porém, para garantir a eficácia deste medicamento a longo prazo é recomendado que se combine com outro medicamento. “O país tem vindo a adoptar políticas de tratamento cada vez mais eficazes, baseadas em combinações terapêuticas baseadas na artimisinina, com o intuito de não só de garantir a cura do doente, mas também de retardar o surgimento de resistência às poucas opções terapêuticas actualmente disponíveis no mundo”, explicou.
Garrido acrescentou que “neste quadro introduzimos, este ano, uma nova linha de tratamento anti-malárico constituído pela combinação de lumefantrina e arteméter”. O ministro da Saúde que falava em Maputo, durante a Sexta Reunião Nacional de Malária, sublinhou que “Moçambique adoptou a artimisinina como tratamento de primeira linha. Moçambique deu um passo muito grande no tratamento da malária ao banir oficialmente a monoterapia com artimisinina”.
“Moçambique foi o primeiro país onde o Governo tomou essa decisão oficialmente. Esse é um reconhecimento feito pela Organização Mundial da Saúde”, frisou. Durante a Sexta Reunião Nacional da Malária, encerrada hoje, foi definida a forma como será implementada a estratégia de tratamento da malária na comunidade. As autoridades sanitárias moçambicanas estão empenhadas em melhorar cada vez mais o controle da malária no país, para um dia passar à etapa de eliminação da doença.
Para se alcançar esta meta, Ivo Garrido instou a um maior empenho e determinação de todos, quer colectiva, quer individualmente. De referir que, nos últimos cinco anos, os casos de malária tem vindo a reduzir em Moçambique, apesar de continuar a ser o maior