Policiais egípcios, indignados com o sequestro de sete colegas por extremistas islâmicos, bloquearam uma fronteira comercial com Israel, este Domingo (19), segundo as fontes da área de segurança.
Desde Sexta-feira, os policiais já bloqueavam outra fronteira, o posto de Rafah, com a Faixa de Gaza, como forma de pressionar o governo do presidente Mohamed Mursi, integrante da Irmandade Muçulmana, a ajudar na libertação dos sete sequestrados.
Dezenas de policiais intensificaram o protesto, este Domingo, à fronteira de al-Awja, 40 quilómetros ao sul de Rafah. A fronteira é usada por camiões que transportam bens entre o Egito e Israel.
“O movimento de camiões está totalmente interrompido”, disse uma fonte da área de segurança. Ofer Lefler, porta-voz do serviço que controla as fronteiras de Israel, confirmou que o tráfego havia parado em al-Awja, fronteira conhecida em Israel como Nitzana, nas duas direcções. De acordo com ele, a maioria do movimento na fronteira fechada corresponde a bens que chegam e saiem da Faixa de Gaza.
Os extremistas armados sequestraram os policiais, Quinta-feira, numa estrada entre el-Arish e Rafah, cidades do Sinai. Eles exigem a libertação de militantes islâmicos presos. Grupos de extremistas islâmicos no norte do Sinai têm explorado a erosão da autoridade do Estado egípcio desde a queda de Hosni Mubarak, em 2011, para atacar alvos egípcios e israelitas.
Omar Amer, porta-voz da Presidência do Egito, disse à TV estatal do país que não há negociações com os sequestradores, e que tampouco seria aceitável negociar com criminosos.