A polícia da Turquia deteve ao menos 24 funcionários de um jornal pró-curdos desde o seu banimento nesta semana por suspeita de apoio a militantes curdos, informou o jornal.
As detenções elevam o número de trabalhadores da mídia turca presos para 99, com base em números da Federação Europeia de Jornalistas, tornando a Turquia o país que mais prende jornalistas no mundo.
Uma autoridade do governo negou que a ação contra o jornal Ozgur Gundem tenha ligação com o estado de emergência declarado após tentativa fracassada de golpe em 15 de Julho, mas uma agência monitora de mídia internacional avaliou que a acção é parte do amplo expurgo pós-golpe do presidente Tayyip Erdogan.
Um tribunal de Istambul baniu na terça-feira o jornal de esquerda, que possui circulação de 7.500 exemplares por dia, após ter feito propaganda para o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e agir “como o meio de comunicação de facto” do grupo, de acordo com documentos do tribunal.
O PKK é considerado organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.