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Polícia tortura cidadã para confessar envolvimento em roubo

Polícia tortura cidadã para confessar seu envolvimento no roubo a uma residência em Maputo Uma cidadã que responde pelo nome de Isabel Daniel, detida na 13ª esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), no bairro Triunfo, arredores da cidade de Maputo, desde terça-feira (18), foi torturada por um grupo de policiais para confessar o seu suposto envolvimento num roubo a residência na qual era empregada doméstica.

Amélia Daniel, mãe da vítima, disse ao @Verdade que a Polícia torturou a filha para obriga-la a aceitar um crime que não cometeu. Segundo a reconstituição da senhora, naquela terça-feira, Isabel deslocou-se ao labor e, por volta das 11horas, quatro indivíduos mascarados, munidos de armas de fogo e que se faziam transportar numa viatura cuja marca e a matrícula não foram identificadas na altura, introduziram-se na residência onde Isabel trabalhava. Amarraram-na e levaram consigo diversos bens, dos quais mobílias, eletrodomésticos e puseram-se em fuga para uma parte incerta.

Amélia Daniel contou-nos ainda que na altura que em o roubo se deu, o proprietário da casa acabava de sair e o guarda estava num urinol. Entretanto, o patrão remeteu o caso à Polícia contra os seus trabalhadores, ambos foram presos. “Desde que a minha filha foi detida é vítima de maus-tratos perpetrados pela Polícia, que afirma que não vai parar até que ela confesse que faz parte da quadrilha do assalto”, disse a mãe, desesperada porque Isabel está em tratamento médico uma vez que padece de tuberculose.

Um dos oficiais em serviço na 13ª esquadra, que preferiu falar em anonimato, disse que as queixas da Amélia Daniel e do irmão da vítima não constituem a verdade. Contudo, a nossa Reportagem pediu para ver a vítima e o policial recusou remetendo-nos ao porta-voz do Comando da PRM na cidade de Maputo, Orlando Modumane. Este afirmou que também precisava da autorização do Comando-Geral.

 

 

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