A polícia russa prendeu 15 fãs da banda punk de mulheres Pussy Riot, esta Quarta-feira, por protestarem contra a detenção de três das suas integrantes que invadiram uma catedral e cantaram uma canção de protesto contra o presidente Vladimir Putin.
Os 15 homens e mulheres foram presos por violação da ordem pública quando uma multidão de cerca de 300 assobiaram e gritaram “Liberdade” do lado de fora dum tribunal de Moscovo antes duma audiência em que a detenção das integrantes da banda provavelmente seria prorrogada.
“Eles estão a violar os nossos direitos constitucionais”, gritou uma mulher de 40 anos antes de ser arrastada para um carro da polícia.
Não houve conflitos, mas a multidão segurava faixas exigindo a libertação das três mulheres por causa da performance improvisada em vestidos curtos e máscaras coloridas no altar da Catedral Cristo o Salvador, em Moscovo.
A interpretação duma oração punk chamada “Santa Mãe, põe fora Putin!” foi um protesto contra a estreita relação entre Putin e a Igreja Ortodoxa, que apoiou-lhe nas eleições presidenciais que ganhou em Março.
O apoio da Igreja a Putin, cujo regime tem sido descrito pelo chefe da Igreja Ortodoxa Russa como um “milagre de Deus”, provocou a ira de muitos membros do movimento de protesto anti-Putin que surgiu nos últimos sete meses.
Maria Alekhina, Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich podem pegar até sete anos de prisão por vandalismo durante um acto que ofendeu alguns fiéis russos ortodoxos.
Os advogados de defesa das mulheres presas vêem o caso como político e apresentaram um recurso contra sua detenção perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos, Terça-feira.