Um total de 64 malawianos, entre os quais três mulheres, que alegadamente seguiam para a África do Sul, encontram-se, desde a tarde da última Terça-feira, retidos para averiguações na cidade de Chimoio, província de Manica, Centro de Moçambique.
O Porta-voz do Comando provincial da Polícia moçambicana (PRM) em Manica, Belmiro Mutadiua, disse que o grupo viu a sua viagem interrompida após as duas viaturas em que seguiam terem sido interceptadas por agentes da Policia de Transito (PT), uma em Chimoio, transportando 39 malawianos, e a outra em Gondola, também em Manica, com outros 25.
As precárias condições de segurança em que seguiam nas duas viaturas de caixa aberta, cobertas de lona, cuja capacidade permitida é de sete passageiros cada uma, levantou suspeitas por parte da PT, que logo tratou de os reter e encaminhá-los a Policia de Protecção.
As viaturas ostentavam matrícula sul-africana. Mutadiua negou que os malawianos em alusão estejam presos, argumentando que “aguardam trâmites legais”.
Entretanto, segundo escreveu, Quinta-feira, o “Diário de Moçambique”, já está em curso um trabalho, feito em conjunto com os Serviços Provinciais da Migração, sobre a legalidade da presença deles em território moçambicano, dos documentos de que são portadores e das viaturas em que seguiam.
O Porta-voz policial afirmou que “logo a priori há uma ilegalidade, que tem a ver com a superlotação das duas viaturas, o que constituía um grande risco de acidente de viação”.
“É prematuro avançar que eles estejam em situação ilegal. Se se provar que os mesmos estão legalmente, serão criadas condições para que prossigam com a viagem, mas de forma cómoda. De contrário, o processo seguirá os seus trâmites legais”, explicou Mutadiua.
De referir que um outro grupo de 107 malawianos ilegais, que integrava sete mulheres, escalou Domingo passado a cidade de Chimoio, numa operação de repatriamento, depois de ter sido neutralizado em Maputo, quando seguia em duas viaturas, em condições idênticas, supostamente com destino à República da África do Sul.
