Trinta e três cidadãos de nacionalidade somali encontram-se a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, desde a noite do último sábado (12), por alegada entrada ilegal no país. Os visados foram interpelados num camião que estava para seguir viagem para a capital moçambicana.
Os detidos, que estão detidos nas celas números dois, três e quatro no Comando Provincial da PRM em Nampula, entraram em Moçambique através da fronteira de Cabo Delgado, o que leva as autoridades a acreditarem que os mesmos atravessaram a República Unida da Tanzânia. O @Verdade soube que o destino dos indivíduos era a República da África do Sul.
Em conexão com o caso, dois moçambicanos, que respondem pelos nomes Sérgio Cossa e Sitome Francisco, estão também presos indiciados de envolvimento no acto. O primeiro cidadão é motorista do camião apreendido e presume-se que seria ele a transportar os imigrantes ilegais, enquanto o segundo compatriota é acusado de colaborar nos contactos para o aluguer da viatura em alusão.
Entretanto, Cossa nega as acusações que lhe são imputadas e defendeu que a pessoa que o contactou para alugar a viatura disse que se tratava de transporte de mobília para Maputo.
Segundo Sérgio Mourinho, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, a neutralização dos supostos imigrantes ilegais foi no âmbito da patrulha que tem sido feita em diferentes artérias da cidade e província.
“A Polícia encontrava-se a patrulhar o bairro de Muahivire, concretamente a zona de Naloko, quando repentinamente deparou com este camião (ele apontava para o carro)” e durante a vistoria os 33 somalis foram descobertos.
Mourinho disse que nenhum dos visados tinha um documento que diz respeito à sua entrada ou permanência no país. Há “um trabalho a ser feito em coordenação com o sector de tutela (serviços migratórios), no sentido de repatriar os indivíduos”.
Refira-se que Nampula tem registados vários casos de imigrantes ilegais que se fazem àquele território por via de Cabo Delgado. Na madrugada do dia 08 de Setembro corrente, cidadãos estrangeiros foram neutralizados depois de entrarem no país por aquela fronteira.