A polícia grega invadiu uma estação de comboio em Atenas, Sexta-feira (25), para dispersar trabalhadores do comboio que desafiavam ordens do governo para acabar com a greve, intensificando o impasse que tem paralisado o transporte público na cidade.
Linhas de comboio da capital gregas permaneceram fechadas pelo nono dia, com a maioria dos trabalhadores dando continuidade à greve contra os cortes salariais previstos.
Mas alguns estavam de volta ao trabalho depois da ordem, sob risco de prisão para quem não obedecesse ela.
O confronto é o mais recente teste para a frágil coligação da Grécia, que enfrenta sindicatos poderosos para poder implementar as medidas de austeridade exigidas pelos credores estrangeiros como preço para receber fundos de resgate.
Conflitos ocorreram quando a polícia forçou a sua entrada no comboio onde 90 trabalhadores reuniram-se durante a noite em protesto. A polícia deteve pelo menos 10 trabalhadores, disse um funcionário em condição de anonimato.
Uma mulher foi levada para o hospital com ferimentos leves, acrescentou ele. O governo do primeiro-ministro Antonis Samaras tem adoptado uma linha dura contra a greve.
“Quando uma acção trabalhista é julgada como ilegal e abusiva, a lei tem que ser implementada. Todos fizeram sacrifícios e ninguém pode pedir uma excepção”, disse o porta-voz do governo Simos Kedikoglou à TV estatal NET, esta Sexta-feira.
A greve afecta mais de meio milhão de pessoas numa cidade com 5 milhões de habitantes.