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Polícia evita explosão de carro-bomba em Times Square

Um carro-bomba foi desativado na noite de sábado em Times Square, no centro de Nova York, e a polícia já iniciou a caçada aos autores do ataque frustrado. “Tivemos sorte porque não explodiu”, disse este domingo à imprensa o chefe da polícia de Nova York Raymond Kelly, ao explicar que no carro foi armado um artefato explosivo incendiário potencialmente perigoso. O ataque fracassou porque a polícia foi alertada, por volta das 18H30 local, por um ambulante, um veterano da guerra do Vietnã que vendia camisetas a turistas.

Situada no coração de Nova York, Times Square estava, como todos os sábados, repleta de gente quando ocorreu o incidente. Após observar fumaça que saía de uma caminhonete Nissan Pathfinder estacionada na zona entre a Rua 45, a Sétima Avenida e a Broadway, o ambulante chamou imediatamente a polícia, que evitou a tragédia chegando imediatamente ao local, fechando os acessos e retirando milhares de pessoas, antes de desativar a bomba.

No carro, a polícia descobriu três bujões de propano, dois galões de gasolina, cabos elétricos, pólvora de fogos de artíficio e dois relógios com pilhas. Kelly revelou posteriormente que também foi encontrada uma caixa com uma substância “com aspecto de fertilizante” e cuja natureza exata não foi determinada, mas que se espalharia com a eventual explosão. “O que queriam era causar um volume significativo de fogo”, disse. Agentes da polícia seguiram neste domingo para a Pensilvania, onde um turista afirma ter filmado um suspeito no local do incidente.

O carro-bomba, colocado em um reboque e levado para um local apropriado na manhã deste domingo, é examinado detalhadamente em busca de impressões digitais e vestígios com DNA”, explicou Kelly. Após a retirada do veículo, Times Square foi reaberta ao público na manhã de hoje, e os musicais da Broadway manterão suas funções normalmente.

Em vídeo na Internet, um grupo talibã paquistanês, o Tarik-e-Taliban, assumiu a responsibilidade pelo carro-bomba, segundo o serviço SITE de monitoramento das redes extremistas na rede. Introduzido no YouTube, o vídeo afirma que o atentado foi realizado em represália à morte recente de dois líderes da Al-Qaeda no Iraque e aos ataques de aviões sem piloto no Paquistão. Kelly destacou que não há nenhuma evidência que respalde a reivindicação do Tarik-e-Taliban sobre o atentado. “Ainda que um fabricante de bombas talibã tenha se responsabilizado na Internet, não há evidências para respaldar esta versão”.

O porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs qualificou o atentado frustrado de “extremamente grave”, e revelou que John Brennan, assessor assistente da Segurança Nacional, dirige a investigação sobre o caso. Gibbs evitou comentar “quem pode estar envolvido e quais os prováveis motivos” do atentado.

O governador de Nova York, David Paterson, disse que “toda a atenção das forças da ordem está dirigida a levar à Justiça os que cometeram este ato de terrorismo”. Nova York está em constante alerta desde os atentados de 11 de setembro de 2001, e já desmantelou vários complôs para cometer atentados na cidade.

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