A polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar um pequeno grupo de manifestantes que tentou passar por um bloqueio no entorno do estádio do Maracana antes da final da Copa do Mundo neste domingo, num incidente que resultou em pelo menos quatro pessoas feridas.
O confronto aconteceu na praça Saens Peña, a cerca de 2 quilómetros do estádio, cerca de uma hora antes do início da partida vencida pela Alemanha por 1 x 0 sobre a Argentina.
Uma porta-voz da Polícia Militar informou que quatro pessoas foram detidas e quatro ficaram feridas, dois manifestantes e dois policiais.
A confusão aconteceu quando os cerca de 300 manifestantes, segundo a polícia, tentaram furar o bloqueio para seguir em direção ao Maracana.
Depois da partida, houve confusão entre adeptos brasileiros e argentinos nos arredores do Maracana e em Copacabana, onde fica o telão oficial da Fifa para assistir aos jogos do Mundial.
As manifestações que tiveram início em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações, eram uma das maiores preocupações do governo e dos organizadores para o Mundial, mas não houve repetição dos grandes protestos como os de 2013. Algumas manifestações menores contra a realização do Mundial, como esta de domingo, foram dispersadas pela polícia ao longo do torneio.
No sábado, a polícia do Rio deteve 19 pessoas sob acusação de envolvimento em atos de vandalismo durante os protestos, o que resultou em críticas de grupos de direitos humanos.
A final da Copa do Mundo no Maracana teve o maior esquema de segurança de uma partida de futebol no estádio, com cerca de 26.000 homens envolvidos na operação, além de 1.500 seguranças particulares dentro da arena.