A polícia alemã removeu pacificamente manifestantes anti-capitalistas que estavam acampados do lado de fora da sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, esta Quarta-feira, no início dum protesto planeado de quatro dias.
A polícia entrou em acção depois de cerca de 200 manifestantes insatisfeitos com as consequências da crise financeira para a população terem desafiado um pedido para abandonar o seu acompanhamento do lado de fora do prédio envidraçado de 36 andares na capital financeira da Alemanha.
O prédio do BCE já foi alvo doutros protestos este ano. O edifício teve janelas quebradas e foi atingido por bombas de tinta durante os protestos violentos no final de Março, que deixaram um policial gravemente ferido.
O banco disse estar preocupado com a segurança dos seus funcionários e a polícia ergueu cercas de segurança ao redor do edifício, que fica no coração do distrito bancário de Frankfurt.
Para escapar do protesto desta Quarta-feira, o grupo de 23 directores do BCE decidiu antecipar a sua reunião de meio do mês, que eles normalmente reservam para questões de políticas não-monetárias, em um dia, para Terça-feira.
A polícia de Frankfurt recebeu reforço doutras regiões da Alemanha para lidar com os manifestantes. Cerca de 5.000 policiais estão de prontidão na cidade.
Houve uma discussão jurídica entre os manifestantes e as autoridades sobre a legalidade do protesto.
Um tribunal autorizou, Segunda-feira, a realização de protestos, Quarta-feira e Sábado, mas apenas essas dias.
O BCE vai realizar um evento de despedida do seu membro José Manuel González-Paramo, com a presença esperada de autoridades de todo o mundo.
A cerimónia seria realizada no hotel mais luxuoso de Frankfurt, ao lado do BCE, mas agora será num lugar afastado do centro da cidade e os convidados só serão informados da localização horas antes do evento.