Soldados abriram fogo contra milhares de manifestantes que desafiaram a proibição do governo e se aglomeraram na praça Pérola, no centro de Manama, esta sexta-feira, ferindo ao menos 50 pessoas. De acordo com funcionários do hospital Salmaniya, vários dos pacientes atendidos apresentavam ferimentos de armas de fogo.
“Isto é uma guerra”, disse o médico Bassem Deif, cirurgião que examinou várias vítimas que chegaram ao local.
“Nós achamos que foi o Exército”, disse o parlamentar Sayed Hadi, do Wefaq, o principal partido xiita, que renunciou ao Parlamento ontem. Outro integrante do Wefaq, Jalal Firooz, disse que os manifestantes estavam nas ruas em protesto contra a morte de um deles nas ruas ontem, quando a polícia lançou gás lacrimogêneo.
Milhares de pessoas que foram às ruas do Bahrein para o funeral dos mortos durante uma operação de forças de segurança contra a praça que manifestantes pró-reformas estavam acampados pediram, pela primeira vez desde o início da onda de protestos no país, o fim da dinastia sunita que governa o país há mais de 40 anos.