Duas quadrilhas compostas por oito cidadãos encontram-se a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), no distrito de Gondola, província de Manica, incriminadas de prática de abusos sexuais, assalto a residência e na via pública, com recurso a armas de fogo e instrumentos contundentes.
O distrito de Inhamatanda, na província de Sofala, e Gondola e Inchope, em Manica, são alguns pontos onde semeavam terror. Dos oito indivíduos, quatro organizaram-se e constituíram um grupo que tinha como alvo as residências. Os supostos assaltantes a residências não só se apoderavam de bens, como também violavam sexualmente as suas vítimas.
Um dos integrantes da referida quadrilha de estupradores e assaltantes com recurso a catanas contou que numa das casas amarraram o chefe da família, deixaram-no num outro compartimento da casa e antes de roubar estuprar todas as mulheres que se encontravam no local, incluindo adolescentes.
“Partíamos a porta, entrávamos, roubávamos o que queríamos e violávamos também (…)”, disse um dos suspeitos confessos, sem sequer mostrar arrependimento. Ele contou ainda que numa outra casa abusaram sexualmente de “três meninas e uma senhora”.
Numa das incursões, o bando era constituído por 11 pessoas e admite ter feito grandes estragados, para além de ofender as suas vítimas.
Os elementos da outra quadrilha, também detidos no Comando Distrital da PRM, em Gondola, ocupavam-se com assaltos empunhando armas de fogo e confessaram os crimes de que são acusados.
Elsídia Filipe, porta-voz da PRM, em Manica, disse que a detenção dos indiciados foi mercê de um plano operativo desenhado com vista a tirá-los da circulação. Foram recuperados vários bens, sobretudo electrodomésticos.