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Polícia acoberta professor que violou uma aluna na Zambézia

O Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) no Gúruè, na província da Zambézia, está a acobertar o docente que no dia 07 de Agosto em curso violou sexualmente uma aluna de 13 anos de idade na Escola Primária Completa de Sururua, sita na localidade de Vaquiua.

Trata-se que de um professor identificado pelo nome de Frederico de Rosário, de 45 anos de idade, casado e que cometeu o crime numas das casas de banho do estabelecimento de ensino onde trabalha.

Para contextualizar o leitor, três alunos, dos quais a vítima que frequenta a 7ª classe, supostamente cometeram indisciplina durante as aulas e Frederico de Rosário, na tentativa de sancionar os instruendos, mandou-lhes limpar os balneários. Foi nessa altura que o docente despiu toda a vergonha e “caçou” a miúda na casa de banho onde a mesma cumpria o seu castigo.

A rapariga foi submetida a cuidados médicos no Hospital Rural de Gúruè devido às lesões contraídas nos órgãos genitais. Dentre os educandos que cumpriam o castigo supostamente por indisciplina, uma aluna foi ter com a vítima para pedir que esta lhe ajudasse a terminar o seu trabalho. Contudo, ao entrar na casa de banho, descobriu o pedagogo a violar a menina.

Antes de o professor ser descoberto, tapou a boca da rapariga violada com a palma da mão e, para além de ordenar que ela não gritasse, prometeu-lhe cinco mil meticais e igual valor para os pais. Os parentes da menina estuprada exigiram o pagamento do dinheiro prometido pelo docente, mas este negou-se a cumprir o prometido. Outras insituições que lidam com este tipo de assuntos ainda não se pronunciaram.

Em consequência desse acto vergonhoso, o docente em alusão esteve cerca de 48 horas detido nas celas do Comando Distrital da PRM em Gurúè. Porém, foi restituído à liberdade alegadamente por falta de provas e porque o caso não podia ser dirimido sem a presença do pai da rapariga que, na altura, se encontra no município de Quelimane.

Hoje, o pai da rapariga regressou mas a Polícia inventa uma outra história: o caso está encerrado supostamente porque não há provas de que Frederico agrediu sexualmente a menina. Outra justificação, diga-se, desprovida de fundamento, é de que os pais da menina detestam o professor por ser novo na zona, por isso tentam lhe incriminar. Esta atitude da corporação é de condenar, uma vez que nem sequer ouviu todos os intervenientes na história, tais como a aluna que flagrou o violador.

Num outro diapasão, a corporação a Polícia diz que naquele distrito são recorrentes os casos de violações sexuais mas as vítimas e os seus familiares não exigem justiça por falta de informação. Por sua vez, o pai da menina disse-nos que o seguinte: ” não tenho provas suficientes para afirmar o professor violou minha filha. Contudo, graças a Deus ela está bem, sem nenhuma infecção. Isso é que é importante para mim”.

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