O Presidente mocambicano, Armando Guebuza, considera que a pobreza nunca acabará por sí só, mas sim mediante um trabalho árduo de cada concidadao. Falando durante um comício no Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva a província de Cabo Delgado, Guebuza disse ser possível acabar com a pobreza em Moçambique, mas para tal é preciso que o povo acredite nessa possibilidade.
“Mas para isso temos que acreditar que pode ser vencida. Por outro lado, temos de acreditar que a pobreza não acaba sozinha. Não vamos acordar num dia e dizer que a pobreza já acabou”, disse. Guebuza acrescentou que “para acabar com a pobreza é preciso usar uma grande arma que se chama trabalho. Continuarmos a trabalhar e a pobreza irá acabando aos poucos”.
O Chefe do Estado sustentou que nesse processo cada um deve desempenhar o seu papel no seu ramo de actividade, seja na agricultura ou na pesca, lutando sempre para melhorar a produção. Ele disse que, para ajudar o povo nessa luta, o Governo decidiu descentralizar o fundo dos Sete Milhões de Meticais para cada um dos 128 distritos do país, um valor destinado a financiar iniciativas locais de geração de comida e postos de trabalho. Além desse dinheiro, o Governo atribui também um fundo de 2,5 milhões de meticais para os distritos financiarem projectos de construção ou reabilitação de infra-estruturas sociais, como estradas, fontes de abastecimento de água, entre outras.
“Esses Sete Milhões é que irão dar mais força ao nosso povo para combater mais rápido a pobreza e proporcionar mais empregos aos nossos jovens”, afirmou, acrescentando, por outro lado, que o fundo dos 2,5 Milhões de Meticais é pouco, mas permite a resolução de alguns problemas locais. Entretanto, Guebuza lembrou que a melhor implementação destes fundos depende do trabalho dos conselhos consultivos locais (distritais ou dos Postos Administrativos), órgãos com competência para decidir sobre os beneficiários do dinheiro.
Na óptica do estadista moçambicano, é preciso que estes órgãos funcionem de forma transparente. “O povo deve conhecer os mutuários (dos fundos dos Sete Milhões), saber quando eles já começarem a reembolsar a sua divida”, disse Guebuza, sublinhando que “o povo deve saber quem sua os seus impostos e não devolve”. Na ocasião, ele reconheceu também que não é possível resolver todos os problemas de uma só vez, mas com o tempo e trabalho colectivo isso será possível.
Ainda na Segunda-feira, Guebuza trabalhou em Nangade, onde além de visitar o bairro residencial da Luta de Libertação Nacional, encontrou-se também com combatentes de libertação nacional residentes naquele distrito. Hoje, último dia da sua visita a Cabo Delgado, Armando Guebuza continuará a trabalhar em Nangade, onde irá orientar um comício popular, e depois segue para Mueda para dirigir uma sessão extraordinária do Governo provincial alargada aos admistradores provinciais e outros quadros, a ter lugar neste município.