O Estado moçambicano encaixou cerca de 5.8 milhões de meticais provenientes de cobranças nas operações turísticas no Parque Nacional do Limpopo (PNL), localizado a nordeste da província de Gaza, Sul de Moçambique.
De Janeiro a Dezembro de 2010, escalaram naquela área de conservação, enquadrada no grande programa transfronteiriço do Limpopo, envolvendo Moçambique, Zimbabwe e Africa do sul, um total 23.934 turistas, entre nacionais e estrangeiros dos quais 3.056 pernoitaram e os restantes usaram os portões do PNL para outros destinos, incluindo a região costeira de Gaza e Inhambane.
Uma fonte competente do PNL disse a AIM que a instituição esperava uma receita muito maior do que a que foi arrecadada durante este período, devido ao evento desportivo que aconteceu na vizinha Africa do sul (o campeonato mundial de futebol 2010). Recorde-se que, em 2009, o Governo moçambicano criou uma comissão interministerial que envolveu os Ministérios das Finanças, do Turismo, da Juventude e Desportos, dos Transportes e Comunicações e do Interior para promover a imagem de Moçambique com vista a atrair turistas a visitarem o país durante a realização da copa do mundo 2010.
Dados sobre o movimento de turismo naquele parque indicam que houve um incremento de cerca de 7.2 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. De Janeiro a Dezembro de 2009, o PNL encaixou para os cofres do estado 5.4 milhões de meticais. “O incremento é resultado de um trabalho aturado de marketing e de melhoramento das condições de alojamento, de circulação nas vias de acesso dentro e as que dão acesso ao Parque”, disse o Administrador do PNL Baldeu Chande em declaração a AIM.
Chande referiu que, neste momento, a preocupação da instituição que dirige é aumentar e melhorar cada vez mais as condições de alojamento, incluindo a criação de condições de entretimento para manter por mais tempo os turistas dentro do parque. “Nós estamos a trabalhar em diferentes frentes, inclusive com o empresariado nacional, para a construção de mais estâncias turísticas, abertura de vias para safari em 4×4, criação de condições para a passeada a pé visualizando a fauna bravia, para a pesca desportiva entre outras actividades”, disse o administrador, ajuntando que se isso acontecer, as receitas do parque poderão disparar para números mais altos.
Paralelamente às infra-estruturas, o PNL está a trabalhar com parceiros para o desembolso do dinheiro necessário para o reassentamento das 1.100 pessoas que, neste momento, partilham o mesmo espaço com a fauna bravia. Depois de retiradas de todas as comunidades do parque, segundo Chande, remover-se-á também o resto da vedação com Kruger Park, permitindo a livre circulação de animais e, consequentemente, maior fluxo de turistas.
Desde 2006 até Dezembro de 2010, o PNL foi visitado por cerca de 117.092 pessoas tendo se encaixado para os cofres do Estado 24.852.442,19 meticais.