O primeiro-ministro do Governo provisório líbio, Ali Zeidan, advertiu os organizadores de manifestações que o seu Executivo será obrigado a suspender os seus salários ou a expulsar-lhes dos seus locais de trabalho.
Falando durante uma conferência de imprensa, no fim de semana na presença dos ministros da Electricidade, Ali Mohamed Mahrighi, e do Petróleo, Abdel al-Bari al-Arroussi, o chefe do Governo líbio precisou que o Governo será obrigado, face às marchas, a suspender os salários dos autores de distúrbios ou o despedimento dos seus postos de trabalho.
«O Governo não tem uma outra escolha pois qualquer pessoa que voluntariamente perturba a vida dos cidadãos líbios e pensa que vamos ser indulgentes com ele se engana. Nós fomos muito indulgentes no passado», disse.
Por seu lado, o ministro da Eletricidade indicou que as marchas repetitivas causaram muitos problemas às estações e centrais bem como às empresas públicas de electricidade, causando rupturas no abastecimento da energia eléctrica, nomeadamente nas províncias oeste do país.
Ele afirmou que as manifestações na localidade de Zouwaytuna fizeram diminuir o abastecimento de gás de 315 milhões de metros cúbicos para 140 metros cubícios, provocando a perda de 300 para 500 megawatts.
Ele revelou que o trabalho continua durante a noite e o dia para a criação de duas centrais suplementares com uma capacidade de 200 megawatts na província de “Bir al-asta Milade”(Tripoli) e de Bir Oum la-Jadawil no sul.
O ministro da Electricidade deplorou ainda o roubo dos cabos e das viaturas da empresa de energia eléctrica, provocando perdas estimadas em várias dezenas de milhões de dinares.
