O ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldmiro Baloi, afirma que a União Africana (UA) reconhece a gravidade da pirataria no continente, razão pela qual estão previstos alguns encontros bilaterais e regionais para atacar este problema.
“A União Africana está consciente da gravidade destes problemas e estão previstos alguns encontros no plano bilateral e regional para atacar este problema”, disse Baloi, falando a imprensa moçambicana, a margem da XVI Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo desta organização continental que terminou na noite de segunda-feira na qual Moçambique se fez representar por uma delegação chefiada pelo Presidente Armando Guebuza.Na ocasião, Baloi explicou que vários parceiros internacionais prometeram continuar a apoiar Moçambique no combate ao fenómeno.
Durante o evento, também foram desencadeados contactos diplomáticos para a busca de soluções para a pirataria, bem como da emigração ilegal que nas últimas semanas tem estado a ganhar proporções alarmantes em Moçambique.
Por isso, Oldemiro Baloi defende a necessidade de se criar sinergias a nível regional, continental e internacional, frisando que não há nenhum país do mundo que individualmente possa resolver qualquer destes problemas de pirataria e emigração ilegal.
Só no Oceano Índico, a pirataria afecta Moçambique, Africa do Sul, Tanzânia, Maurícias, Seychelles, Quénia, entre outros, situação que constitui uma séria ameaça à segurança e estabilidade do continente. Muitos dos emigrantes ilegais que entram frequentemente em Moçambique são de origem somali e etíope.
Na última semana de Dezembro de 2010, uma embarcação moçambicana de pesca, “Veja 5”, com uma tripulação de 24 pessoas a bordo foi sequestrada nas proximidades do Arquipélago de Bazaruto, ao largo da costa da província meridional de Inhambane.
As autoridades moçambicanas acreditam que o “Veja 5” se encontra actualmente na Somália, um país cujo governo federal de transição tem fraco poder (só controla a capital Mogadíscio), enquanto que os “Senhores de Guerra” controlam o resto do território.