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Pintor Shikani morre aos 76 anos de idade

O pintor moçambicano Pais Shikani, morto no último dia de 2010 aos 76 anos, vítima de doença, no Hospital Central do Maputo (HCM), para onde fora levado no passado dia 27 de Dezembro, vai a enterrar esta terça-feira.

Segundo Rafael Shikani, um dos filhos do finado, ao artista plástico lhe foi diagnosticada malária, mas “apresentava um quadro clínico complicado”.

“Foi para lá na segundafeira com um quadro de malária, mas o estado clínico não era satisfatório. Era complicado, tinha problemas da próstata e devia ser diabético”, contou.

Em comunicado, a família refere que o pintor “tinha complicações de próstata (cancro) e uma anemia” e que “o hemograma (classificação e contagem dos elementos do sangue e respectivas percentagens) indicava altos níveis de glicemia, o que pressupõe diabetes”.

“Na segunda-feira à noite, a situação complicou- se e foi transferido para a sala de reanimação do HCM, onde esteve em coma induzido até ser transferido, quinta-feira, para os cuidados intermediários de medicina do mesmo hospital, onde veio a falecer, sexta-feira, por volta das 12.00”, explica a nota familiar.

Breve perfil do malogrado Nascido no distrito de Marracuene, arredores da capital moçambicana, Pais Shikani foi pastor de gado até aos 16 anos, altura em que começou a dedicar-se à escultura no Núcleo de Arte de Maputo.

Durante os anos de escola, Shikani teve como mestre o escultor português Lobo Fernandes, mas cedo se tornou assistente do professor Silva Pinto, também escultor, na então Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque, na ex-Lourenço Marques, actual Maputo.

Na década de 1970, Shikani transferiu-se para a Beira, tornando-se no primeiro pintor moçambicano de raça negra a residir naquela cidade do Centro de Moçambique, onde tem vários murais.

Três anos depois de se estabelecer na cidade da Beira, Shikani foi a Portugal, convidado pela Fundação Gulbenkian para expor as suas obras, um percurso que o levou também à Rússia, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos, Cuba, Grã-Bretanha e Itália.

Em África, Shikani tem obras espalhadas pelo Zimbabué, Angola e Zâmbia.

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