O grupo de rock britânico Pink Floyd obteve esta quinta-feira em Londres uma vitória legal contra a EMI, a gravadora da banda desde 1967, em um julgamento por uma disputa sobre direitos autorais e venda de música na internet.
O juiz da Alta Corte de Londres, Andrew Morritt, aceitou os argumentos da banda de que a gravadora era obrigada por contrato a vender os álbuns na configuração original, e não separados, por considerar que o objetivo da cláusula é “preservar a integridade artística dos álbuns”. O Pink Floyd denunciou que a EMI permitia o download de músicas isoladas pela internet e fragmentos das canções para o uso como tons de telefones celulares, mas a gravadora alegava que a cláusula era aplicável apenas para os produtos físicos.
O juiz também deu aparentemente razão ao grupo na questão dos direitos pagos aos integrantes pela EMI, mas a pedido da gravadora esta parte do veredicto foi mantida em sigilo por razões de “confidencialidade comercial”. A empresa também terá que assumir as custas do processo para o Pink Floyd, avaliadas em 60.000 libras (90.000 dólares), e não poderá apelar da decisão.
O Pink Floyd ficou famoso no fim da década de 60 na Inglaterra e nos anos seguintes no cenário internacional, com álbuns clássicos como “The Dark Side of the Moon” (1973), um dos mais vendidos da história, que foi seguido por “Wish You Were Here” (1975), “Animals” (1977) e “The Wall” (1979).
Após a ruptura em 1981 entre o líder Roger Waters e o restante da banda, os membros do Pink Floyd só deixaram as divergências de lado uma vez, em 2005, para uma apresentação completa em Londres durante o evento de combate à pobreza na África batizado de Live Aid.