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Pico de gases do efeito estufa mostra necessidade de acção

Os gases de efeito estufa alcançaram um marco simbólico em 2015, levando as mudanças climáticas a uma nova fase que pode durar gerações mesmo se os governos agirem para conter o aquecimento global causado pelo homem, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), um braço da ONU, nesta segunda-feira.

As concentrações globais médias de dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa gerado pela humanidade, chegaram a 400 partes por milhão (ppm) na atmosfera pela primeira vez desde que há registos e ficaram 44 por cento acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial, disse a OMM.

O aumento implacável contrasta com os acordos firmados por quase 200 governos para começar a conter as emissões, liderados pelo Acordo de Paris do ano passado, e eliminar gradualmente os combustíveis fósseis em favor da energia renovável na segunda metade do século.

“O ano de 2015 introduziu uma nova era de optimismo e de ação climática com o acordo de mudança climática de Paris. Mas ele também irá fazer história por marcar uma nova era de realidade da mudança climática, com concentrações de gases de efeito estufa recordes”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em comunicado.

“A questão central aqui é partir deste tipo de vontade política para a ação concreta”, disse ele em uma coletiva de imprensa em Genebra. “Até agora não vimos uma grande mudança de comportamento”.

Um observatório em Mauna Loa, no Havaí, principal estação de medição cujos registos datam de 1958, “prevê que as concentrações de dióxido de carbono permanecerão acima de 400 ppm durante todo o ano de 2016 e que não irão ficar abaixo deste nível durante várias gerações”, informou a OMM.

Os níveis de dióxido de carbono irão continuar a subir a menos que o mundo pare de queimar combustíveis fósseis e comece a plantar árvores, disse a chefe de pesquisa de meio ambiente atmosférico da OMM, Oksana Tarasova.

“A tecnologia está aí. É só vontade humana. Se quisermos, somos capazes”, disse ela, lembrando os esforços europeus bem-sucedidos para combater a chuva ácida lidando com as emissões de enxofre e nitrogénio.

“Você pode dobrar a curva se agir e assinar um tratado e todos seguirem seus compromissos. Não é mágica”. Taalas disse que as consequências da mudança climática, como desastres relacionados ao clima, devem continuar mesmo se as emissões começarem a diminuir.

“Poderíamos ver melhoras nos anos 2060 se começarmos a reduzir as emissões agora”, afirmou. O aquecimento causado pelo homem é culpado por ondas de calor, chuvas torrenciais, secas e elevação do nível dos oceanos.

Mundialmente, os níveis médios de dióxido de carbono ficaram em 400 ppm em 2015, um aumento de 2,3 ppm em relação a 2014, informou a OMM.

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