Os preços do petróleo registraram uma forte alta na segunda-feira em Nova York após uma queda de dez dólares desde meados de janeiro, devido a uma recrudescência das tensões na Nigéria e um indicador animador sobre a actividade industrial nos Estados Unidos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de ‘light sweet’ para entrega em março fechou a 74,43 dólares, um aumento de 1,54 dólar em relação ao fecho de sexta-feira. “Observamos um crescimento dos activos ‘arriscados’: índices financeiros, ouro, matérias-primas…”, comentou o analista independente Ellis Eckland. “Há também diversos fatores de alta específicos ao mercado do petróleo, como a produção industrial nos Estados Unidos e o atentado na Nigéria”, acrescentou.
Nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de petróleo, o índice ISM dos directores de aquisições no setor manufatureiro atingiu em janeiro seu mais alto nível desde agosto de 2004. Este indicador veio alimentar as esperanças de um futuro crescimento da demanda do país, que continua fraca apesar da recuperação. Na Nigéria, um dos maiores produtores africanos de bruto, o movimento rebelde Mend, activo no sul do país – rico em petróleo – anunciou na madrugada de sábado o fim do cessar-fogo unilateral, e ameaçou atacar todas as companhias petroleiras que actuam na região.
O gigante anglo-holandês Shell interrompeu parte de sua produção no país depois de constatar atos de vandalismo em um importante oleoduto. A empresa se recusou a quantificar a queda do volume de produção decorrente desta decisão. Em outra fonte de tensões, o New York Times afirmou que os Estados Unidos estão acelerando a instalação de sistemas antimísseis no Golfo para coibir um eventual ataque do Irã, outro grande produtor de ouro negro.
