Os preços do petróleo subiram na segunda-feira cerca de 3% em Nova York, impulsionados pela queda do dólar desde o fim da semana passada.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em maio fechou a 82,17 dólares, em alta de 2,17 dólares – ou seja, 2,7% – em relação ao valor de sexta-feira. No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent com igual vencimento ganhou 1,88 dólar, a 81,17 dólares. “O dólar está em baixa, o que faz as matérias-primas subirem em geral”, comentou Ellis Eckland, analista independente.
A moeda americana, que alcançou seu nível mais alto em dez meses na última semana frente ao euro, retrocedeu desde o anúncio, na noite de quinta-feira, de um acordo entre os membros dos países da zona euro para ajudar a Grécia. Este movimento, que continuou na segunda-feira, faz com que o petróleo, negociado em dólares, seja mais atrativo para os investidores que utilizam outras moedas. “O mercado parece querer acreditar que a crise da dívida grega ficou para trás”, afirmou Phil Flynn, da PFG Best Research. “Também há um ‘prêmio de risco’ devido aos atentados na Rússia”, disse Ellis Eckland.
“Os atentados terroristas têm tendência a influenciar o mercado do petróleo”, sensível às tensões geopolíticas que podem perturbar a produção ou o fornecimento dos hidrocarbonetos, acrescentou. O duplo atentado cometido nesta segunda-feira no metrô da capital russa, que causou a morte de 38 pessoas, é o mais letal deste tipo desde 2004. Foi atribuído pelas autoridades russas a duas mulheres suicidas vinculadas a grupos rebeldes do Cáucaso.