Os preços do petróleo subiram para o nível mais alto dos últimos seis meses nesta sexta-feira em Nova York, depois da divulgação de números sobre o desemprego melhores do que o previsto e que reforçaram a ideia de uma recuperação rápida da economia.
No New York Mercantil Exchange (Nymex), o barril de ‘light sweet’ para entrega em junho aumentou 1,92 dólar em relação ao pregão de ontem, fechando a 58,63 dólares. Foi negociado a 58,69 dólares durante a sessão, pela primeira vez desde meados de novembro. No total, o barril de bruto teve uma valorização de 10,2% durante a semana.
No InterContinental Exchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento, ganhou 1,67 dólares, fechando a 58,14 dólares depois de atingir 58,30 dólares durante o pregão. “Os preços da energia parecem desafiar a gravidade”, comentou Phil Flynn, da Alaron Trading. “É um impulso financeiro que não condiz com a realidade do mercado”, concordou Antoine Halff, da Newedge Group. “O aumento se deve a uma intensificação do otimismo com os fundos de investimentos”, explicou.
Há várias semanas que os preços do petróleo acompanham a evolução das bolsas, que teriam capacidade de antecipar a recuperação econômica – segundo a crença geral – e, portanto, influenciaram a demanda. O otimismo foi incentivado nesta sexta-feira pelos números mensais referentes ao desemprego nos Estados Unidos.
A economia do maior consumidor mundial de ouro negro perdeu mais 539.000 empregos em abril, elevando a taxa de desemprego para 8,9%, seu nível mais alto desde setembro de 1983. Entretanto, os analistas esperavam números muito piores, e o número de empregos perdido é o menor desde novembro. Além disso, as últimas estatísticas do departamento americano da Energia mostraram que as reservas de bruto diminuíram na semana passada nos Estados Unidos, devido a uma maior atividade das refinarias.