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Petróleo cai em NY e Londres, após recuperação do dólar

Os preços do petróleo caíram fortemente nesta sexta-feira em Nova York e Londres, afetados por uma concreta recuperação do dólar e pelo enfraquecimento da demanda, depois de ter alcançado na quinta-feira seu nível mais alto em quatro meses.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em maio terminou a 52,38 dólares, em queda de 1,96 dólar.

Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento perdeu 1,48 dólar, cotado a 51,98 dólares. “Os investidores capitalizam seus lucros depois do forte aumento dos preços do cru”, explicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Em duas semanas, os preços do ouro negro recuperaram cerca de 10 dólares em Nova York. Na quinta, o WTI aumentou 1,57 dólar, terminando a 54,34 dólares, seu nível mais alto de fechamento em quatro meses, em meio a um clima de antecipação de uma recuperação econômica e em consequência da demanda, por parte dos operadores.

A alta aconteceu paralelamente a uma forte alta de Wall Street, barômetro das esperanças em uma recuperação econômica, que também cai fortemente nesta sexta-feira. O dólar, por outro lado, que despencou na semana passada, conseguiu uma excelente recuperação nesta sexta, tornando as matérias-primas menos atraentes para os investidores que negociam em outras moedas.

“Existe a sensação de que o movimento do mercado foi excessivo”, estimou Phil Flynn, da Alaron Trading. “É cedo demais para dizer se a economia e a demanda de petróleo chegaram ao fundo do poço”, alertou.

“Continua havendo uma importante quantidade de cru disponível para as refinarias, e também refinarias que fecham por causa do enfraquecimento da demanda”, concordou Lipow. “Considerando que entramos no segundo trimestre, tradicionalmente um período de baixa demanda, os preços poderiam se encontrar novamente sob pressão”. Os estoques de cru se mantêm a níveis muito elevados nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo, e na semana passada voltaram a subir fortemente.

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