O Ministro moçambicano da Saúde, Ivo Garrido, afirma que o problema de desaparecimento de bebés em hospitais como o Geral José Macamo, localizado na cidade de Maputo, resulta de má fé de algumas pessoas que se introduzem naquela unidade sanitária. O Hospital Geral José Macamo, por exemplo, tem vindo a registar casos sistemáticos de desaparecimento de crianças recém-nascidas, que, felizmente, são depois recuperadas.
Nos últimos meses, a imprensa reportou um mínimo de três casos de desaparecimento de bebés naquela unidade sanitária. O caso mais recente deu-se na semana passada, quando um bebé recémnascido desapareceu e reapareceu em circunstâncias estranhas. Preocupada com esta situação, a população da cidade de Maputo questionou Sábado ultimo ao Ministro da Saúde, Ivo Garrido, o que estaria a acontecer, principalmente no Hospital José Macamo. Na sua intervenção, Garrido disse que os trabalhadores daquele hospital não são culpados por estes actos praticados por pessoas de má fé que se introduzem naquele local disfarçados de familiares das parturientes.
“A Saúde está sendo criticada por problemas criados por gente de má fé”, disse Garrido. Falando sobre o caso mais recente, registado na semana passada, Ivo Garrido explicou que a criança desaparecida teria sido roubada por uma parturiente que, infelizmente, havia perdido o seu próprio bebé. Quando as autoridades tomaram conhecimento do caso, procuraram pela criança, tendo depois recuperada no bairro de Mahlampswene, na cidade industrial da Matola, a 15 quilómetros a Sul da capital do país, Maputo.
Os casos anteriores sucederam quase da mesma maneira, mas praticados por mulheres que se fizeram ao hospital com o pretexto de pretender visitar os seus familiares. “Quando fecharmos as portas e não admitir mais visitas, estaremos a criar outros problemas”, disse Garrido, apelando a sociedade para questionar as razões de ocorrência deste tipo de casos desumanos.