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Perto de 1.800 mineiros moçambicanos na África do Sul salvam emprego

Um total de 1.775 trabalhadores moçambicanos da companhia de ouro Sibanye Gold, situada em Carletonville, na República da África do Sul (RAS), recuperaram os seus empregos, após uma iminência de perdê-los recentemente, em consequência do incêndio que era registado desde o passado dia 24 de Janeiro, em quatro shafts, ou seja, nas unidades de produção número 6, 7, 8 e 12.

O fogo acaba de ser debelado e a Companhia, que compreende 11 shifts, já está a laboral normalmente, situação que levou a respectiva gerência a chamar os 2.500 mineiros das quatro unidades afectadas, de diversos países de origem, dos quais 1.775 de nacionalidade moçambicana, para retomarem as suas actividades.

Os trabalhadores moçambicanos continuavam na África do Sul a aguardar pelo desenrolar da situação, segundo as recomendações do Ministério do Trabalho, através da sua Delegação naquele país, após garantias dadas pela entidade empregadora, segundo as quais caso as condições melhorassem prefereria ter de volta os moçambicanos.

A primeira ideia avançada, enquanto o fogo devorava as quatro unidades, foi a dispensa dos trabalhadores das shifts atingidas nessa situação, durante seis meses, em que seriam pagos apenas um. A outra saída que tinha sido encontrada pela entidade gestora da Companhia Sibanye Gold foi a de redistribuir 300 dos trabalhadores afectados noutras minas do grupo, incluindo alguns moçambicanos.

Felizmente, a gerência da Companhia conseguiu ressarcir-se do incêndio e, consequentemente, estes dois planos não foram a tempo de funcionar, facto que se comprova com a chamada ao trabalho de todos os seus trabalhadores.

A Delegação do Ministério moçambicano do Trabalho naquele país, que vinha monitorando a situação junto da Companhia, ainda não tem nenhum caso que relate a falta de mineiros moçambicanos nas quatro unidades de produção reactivadas, após esta reintegração no trabalho, situação que, em parte, terá sido facilitada por os moçambicanos terem permanecido nos hostels (acampamentos oficiais da companhia).

O incêndio que vinha consumindo as quatro shifts da Companhia Sibanye Gold foi atribuído a alguns membros da União das Associações de Trabalhadores Mineiros e de Construção (AMCU), em retaliação à recusa recebida dos órgãos competentes de realização de uma greve no sector mineiro, como esta agremiação sindical pretendia, em solidariedade com o sector de minas de platina.

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