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Pelo menos 20 pessoas são mortas em combates na Chechénia

Atiradores atacaram um posto da polícia e invadiram um edifício, esta quinta-feira (4), em Grozny, capital da província da Chechénia, no sul da Rússia, matando 10 policiais em confrontos nos quais 10 dos agressores também foram mortos.

O confronto mais sangrento em meses na Chechénia irrompeu poucas horas antes de o presidente russo, Vladimir Putin, declarar num discurso em Moscovo que irá defender a Rússia contra o que chamou de tentativas de desmembrar o país.

O ataque enfatizou a frágil situação de segurança na Chechénia mais de uma década depois de Putin enviar soldados para conter um levante separatista islâmico naquela região.

Dez policiais e 10 supostos militantes foram mortos, afirmou o Comité Nacional Antiterrorismo da Rússia (NAK), acrescentando que outros 28 agentes da lei ficaram feridos. Entretanto, Putin elogiou o líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, que tem o apoio do Kremlin, por realizar uma operação de segurança “profissional”.

No início da quinta-feira ele afirmou, durante o seu discurso anual do Estado da União no Kremlin, que a Rússia está cercada de inimigos que procuram desmembrá-la e destruir a sua economia, acrescentando: “Não o permitimos”.

O NAK declarou que os “terroristas” atacaram um posto da polícia em Grozny perto da 1h da manhã no horário local e depois invadiram escritórios que abrigam a mídia local e uma escola. Filmagens obtidas pela Reuters mostraram confrontos de noite e de manhã envolvendo combates persistentes com armas pequenas e o que pareceu ser um míssil portáctil atingindo o prédio da imprensa.

Os funcionários do prédio disseram que um civil morreu sufocado enquanto o fogo consumia o local, embora as autoridades não tenham confirmado o relato. Um vídeo publicado no YouTube deu a entender que os agressores entraram em Grozny para um acto de “retaliação” pelo que chamou de opressão de mulheres muçulmanas.

O NAK declarou no início da noite desta quinta-feira que a sua operação “antiterrorista” terminou e que todos os supostos militantes foram mortos. Uma testemunha em Grozny contou que forças de segurança mobilizaram veículos militares nas ruas, montaram vários postos de verificação e cercaram a área afectada.

“Não esperávamos que isso acontecesse, os demónios mostraram o que lhes resta de força”, afirmou o líder checheno Kadyrov a repórteres em Moscovo depois de assistir ao discurso de Putin.

Kadyrov controla a Chechénia com pulso firme desde as guerras separatistas de 1994-96 e 1999-2000, mas uma insurgência islâmica espalhou-se pela região predominantemente cristã do norte do Cáucaso. Em Outubro, cinco policiais foram mortos e 12 ficaram feridos em Grozny no ataque de um homem-bomba.

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