Um “peixe-robô” desenvolvido por cientistas europeus para melhorar a monitorização da poluição na água deixou o laboratório e foi levado ao mar para um teste no porto de Gijón, no norte da Espanha, esta Terça-feira.
Os desenvolvedores esperam que a nova tecnologia, que reduz o tempo necessário para detectar-se poluentes de semanas para segundos, seja vendida para autoridades portuárias, companhias que actuam com águas, aquários e qualquer pessoa com interesse em monitorizar a qualidade da água.
O robô também pode ter versões para limpeza de despejos de petróleo, segurança subaquática, monitorização de mergulhadores ou busca e salvamento no mar, disseram.
O peixe, que tem 1,5 metro de comprimento e custa actualmente 20.000 libras (31.600 dólares), é projectado para nadar como os peixes reais e equipado com sensores para encontrar poluentes despejados por navios ou dutos submarinos.
Eles nadam independentemente, coordenados um com o outro, e transmitem as suas leituras para uma estação terrestre a até um quilómetro de distância.
“Os sensores químicos colocados no peixe permitem análise em tempo real, in loco, em vez do método actual de colecta de amostras e envio para um laboratório na costa”, disse Lucas Speller, um cientista da consultoria britânica BMT Group, que liderou o projecto.
O peixe pode evitar obstáculos, comunicar-se com os outros robôs, mapear onde eles estão e saber como voltar para a base quando a vida útil da bateria de oito horas estiver acabando, segundo os seus criadores.
depois dos testes desta semana, a equipe vai avaliar modificações necessárias para colocar o peixe em produção comercial, o que eles esperam que reduza o custo de cada unidade.
O desenvolvimento do projecto foi cofinanciado pela UE e teve participação da Universidade de Essex e da Universidade de Strathclyde na Grã-Bretanha, no Instituto Nacional Tyndall, da Irlanda, e da Thales Safare, uma unidade do maior grupo electrónico de defesa da Europa, o Thales , que foi responsável pela tecnologia de comunicação.