Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

https://www.petromoc.co.mz/Lubrificantes.htmlhttps://www.petromoc.co.mz/Lubrificantes.htmlhttps://www.petromoc.co.mz/Lubrificantes.html
ADVERTISEMENT

Pedro Baltazar lança obra sobre Direito do Trabalho Moçambicano

fds-Pedro-Baltazar-livro

Foi lançado na sexta-feira, 17, em Maputo, o livro “Direito do Trabalho Moçambicano ao Longo dos Tempos: Colonial, Pós-Independência e Contemporâneo” do doutorado em Direito Privado, empresário, advogado, gestor e docente universitário, Pedro Baltazar.

Trata-se de um estudo que pretende mostrar de que modo as Organizações e Convenções Internacionais, bem como as normas do Direito Internacional do trabalho, delas emanadas, influenciaram o Direito moçambicano, durante um longo arco temporal.

Abordado momentos após o acto de lançamento, o autor da obra, Pedro Baltazar, referiu que, no fundo, o livro constitui aquilo que no curso de Direito chama-se História de Direito: “Traz a cronologia do Direito de Trabalho Moçambicano, concretamente, desde 1919 até aos nossos dias, desde a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a influência que exerceu sobre o Direito colonial moçambicano e, posteriormente, o Direito de Trabalho do novo Estado moçambicano, desde a proclamação da Independência, em 1975, 10 anos depois, com a publicação da primeira Lei de Trabalho, Lei n.° 8/85 de 14 de Dezembro e depois o corte epistemológico, que se regista com a Constituição de 1990, quando o País passou de uma economia centralizada para uma economia de mercado e a publicação, oito anos depois, da uma nova Lei de Trabalho, Lei n.° 8/98 de 20 de Julho, e, contemporaneamente, a Constituição de 2004 e a aprovação, três anos depois, de mais uma Lei de Trabalho, Lei n.° 9/2007 de 1 de Agosto”, explicou.

Para a fase contemporânea, avançou Pedro Baltazar, há muitas lições que o livro traz, como a necessidade de Moçambique andar em consonância com a Organização Internacional do Trabalho: “Por exemplo, a OIT tem um repertório de mais de 200 convenções. Entretanto, Moçambique só ratificou 10 por cento dessas convenções, isto é, entre 22 e 23 convenções. É necessário termos outra dinâmica neste aspecto”, enfatizou.

Num outro desenvolvimento, referiu-se à necessidade de se aprender a colocar a Lei do Trabalho consentânea com a realidade que ela vai regular, razão pela qual existem muitas correntes que defendem a realização de uma nova revisão da Lei do Trabalho, escangalhando a Lei em vigor no seu todo.

Durante a apresentação da obra, o docente universitário, advogado e empresário, Benjamim Alfredo, indicou que o autor do livro “Direito do Trabalho Moçambicano ao Longo dos Tempos: Colonial, Pós-Independência e Contemporâneo” refere na obra, vários dispositivos legais e convenções para explicar a funcionalidade do regime jurídico laboral, numa perspectiva de busca de um equilíbrio entre os interesses da classe trabalhadora e da classe empregadora. Mas também não deixa de fazer menção à proliferação de vários dispositivos que regulam o regime laboral, tanto na era colonial como no presente momento.

“Ele demonstra que em nenhum momento esta relação foi pacífica, tanto para o empregador como para os trabalhadores. Faz, igualmente, referência ao facto de não ter sido possível romper na totalidade com o regime jurídico laboral colonial, tendo em conta que a economia moçambicana à data da Independência era dominada por uma classe empresarial portuguesa, que teimava em manter um regime jurídico laboral, que lhe fosse favorável”, concluiu.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *