O Partido Nacional, de centro-direita, retornou ao poder após uma esmagadora vitória na eleição geral da Nova Zelândia, realizada neste sábado, e assegurou o apoio de menores partidos para garantir a maioria parlamentar para a venda de ativos e reformas sociais.
O partido, liderado por John Key, tinha 48 por cento das preferências na noite da eleição. Isso daria ao partido 60 assentos no Parlamento, que tem 121 vagas. Atualmente, o partido tem 58 posições. Key conseguiu mais um mandato de três anos, após o retorno dos atuais partidos da coligação, o ACT e o United Figure, cada um com um membro. “A Nova Zelândia votou para um futuro mais brilhante, e haverá um futuro mais brilhante”, afirmou Key, coberto por fitas azuis e brancas.
Durante a campanha, o partido prometeu desenvolver as políticas dos últimos três anos, com ênfase em elevar o crescimento econômico por meio da diminuição das dívidas, corte de gastos, venda de ativos do Estado e retomada de um superávit orçamentário até 2014-2015. “O governo será focado em construir uma economia mais competitiva, com menor dívida, mais empregos e maior renda”, acrescentou Key, de 52 anos, ao lado da mulher e do filho.
O Partido Trabalhista, da oposição, conseguiu 27 por cento dos votos e deve obter 34 assentos no Parlamento, nove a menos do que atualmente. Segundo o sistema de votação proporcional em vigor no país, os partidos precisam de um assento regional ou cinco por cento da votação nacional para entrar no Parlamento. A contagem final dos assentos pode mudar depois que as dezenas de milhares de abstenções forem computadas nas próximas duas semanas.
O afável Key é um dos líderes mais populares da história da Nova Zelândia, e é visto como uma escolha segura depois de liderar o país durante terremotos, um desastre em uma mina de carvão e os problemas econômicos mundiais. Ele também foi beneficiado ao ligar a sua imagem ao cineasta Peter Jackson e pelos All Blacks, a equipe de rúgbi da Nova Zelândia, que ganhou a Copa do Mundo da modalidade, em casa, no mês passado.
A surpresa da votação foram os quase sete por cento de votos do Primeiro Partido da Nova Zelândia, liderado por Winston Peters, derrubado do Parlamento em 2008 no meio a um escândalo sobre doações secretas.