O conflito entre homem e fauna bravia é um problema que, actualmente, afecta os distritos de Quissanga, Pemba Metuge e Ibo, na província de Cabo Delgado, em virtude de os mesmos se encontrarem localizados dentro da área definida como de jurisdição do Parque das Qurimbas, situação que resultou, este ano, na morte de mais de 23 pessoas e destruição de cerca de mil hectares de culturas diversas.
Trata-se de um problema que foi colocado ao Chefe do Estado no dia 4 de Junho, primeiro dia de trabalho a província de Cabo delgado, no âmbito da presidência aberta e inclusiva àquela parte do país.
Segundo contaram as comunidades de camponesas do posto administrativo de Bilibiza, os animais bravios, particularmente elefantes, estavam a comprometer os seus esforços no sector de agricultura, para alívio dos índices de pobreza absoluta.
Na ocasião, os camponeses de Bilibiza disseram reconhecer a importância que o Parque das Quirimbas representava para o Estado moçambicano, mas também pediram ao Chefe do Estado para olhar por eles.
Consequentemente, sugeriram ao Chefe do Estado a colocação de uma rede de vedação para obstar a invasão dos animais às suas áreas de produção agrícola.
Nós pedimos os Sete Bis para fazer machambas, mas o que acontece é que os elefantes destroem essas mesmas machambas. Então como vamos pagar os empréstimos que pedimos, senhor Presidente? – questionaram os bilibissenses.
No “briefing”que teve com os jornalistas em Namuno, última etapa da presidência aberta e inclusiva a Cabo delgado, o Chefe do Estado reconheceu quão grave era a situação, tendo assegurado que ainda este ano, no final da época chuvosa, seria iniciado o processo de vedação do parque, pelo menos nas áreas propensas às invasões dos animais.
De facto a questão de conflito homem fauna bravia é grave, principalmente em Bilibiza. Por isso, teremos de intervir imediatamente – frisou Armando Guebuza.