Os parceiros de cooperação do Ministério da Saúde (MISAU) defendem que somente uma gestão financeira pública e transparente neste sector pode contribuir para a provisão de serviços básicos aos moçambicanos e eliminar algumas doenças que a esta altura já não deviam ser uma preocupação para o país.
Para além do dever de haver transparência no uso do dinheiro alocado à Saúde, quer para construção de infra-estruturas, quer na aquisição de medicamentos, dentre outras acções, é preciso melhorar o acesso ao planeamento familiar, por exemplo, para jovens e adolescentes com vista a reduzir a mortalidade infantil e os casamentos prematuros, defendeu a embaixadora dos Países Baixos, Frédérique de Man.
O ministro da Saúde, Alexandre Manguele, que falava esta quarta-feira (16), em Maputo, na II Reunião Bianual do Comité de Coordenação Sectorial do MISAU, no qual participaram alguns parceiros do sector, disse que o plano estratégico 2014-2019, assenta, dentre várias acções, na descentralização para melhor responder as necessidades locais e só pode dar resultados positivos se houver reforço na procura e distribuição de medicamentos, na gestão das finanças e sistemas de informação.
Para Frédérique de Man, não se pode combater o impacto negativo de doenças tais como a malária, a tuberculose e o HIV/SIDA sem haver transparência e uso correcto dos fundos alocados ao sector da Saúde. Ela defende ainda A introdução de uma nova estratégia de financiamento de saúde e de novas formas de captação de recursos financeiros, bem como encontrar outras acções que melhorerm o desempenho da Saúde em prol do povo.