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Paramilitares matam dois manifestantes no Senegal

A polícia paramilitar do norte do Senegal abriu fogo, esta Segunda-feira, contra manifestantes que protestavam contra os planos do actual presidente, Abdoulaye Wade, de concorrer a um terceiro mandato, matando uma mulher na faixa dos 60 anos e um jovem estudante do nível secundário, disseram uma testemunha e um grupo de defesa dos direitos humanos.

A violência não é comum no Senegal, uma nação pacífica na costa da África Ocidental, e sugere uma escalada na crise política.

A legalidade do projecto de Wade, de 85 anos, de concorrer a um terceiro mandato, é questionada. A Constituição do Senegal foi revista em 2001 e passou a permitir um segundo mandato.

Wade, que chegou ao poder em 2000, argumenta que está isento da proibição porque foi eleito antes da aprovação da mudança constitucional de 2001.

Na manhã desta Terça-feira, os juízes rejeitaram um apelo da oposição para que a Justiça impedisse um terceiro mandato a Wade.

Então a oposição convocou a manifestação para mais tarde, esta Segunda-feira, na cidade de Podor, 480 quilómetros ao norte de Dacar, capital senegalesa.

Amadou Niang, morador de Podor, que é o correspondente local do jornal Le Soleil, disse que a polícia paramilitar tentou dispersar a multidão com gás lacrimogéneo, mas ficou sem as bombas.

Quando a multidão não quis dispersar-se, os paramilitares começaram a atirar com munição de verdade, disse Niang.

A Amnistia Internacional, organização de defesa dos direitos humanos com sede em Londres, confirmou as duas mortes.

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