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Pai detido em Tete por tentativa de venda do filho a 200 mil meticais

Um cidadão identificado pelo nome de Patrício Manhoso, de 42 anos de idade, está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Tete, desde segunda-feira (22), acusado de tentar vender o seu próprio filho de cinco anos de idade.

Patrício Manhoso exigiu, na primeira negociação com o suposto comprador de seu filho, 300 mil meticais, mas mais tarde baixou a proposta para 200 mil meticais. Os contactos eram feitos telefonicamente, durante o dia, segundo escreve a AIM.

Para alcançar os seus intentos, o pai da criança mandou a sua esposa, que responde pelo nome de Rosinha Dias, à moagem para a farinação, ficando isolada do seu primogénito. O casal tem três filhos.

Manhoso explicou à imprensa que o negócio acabou por abortar porque o comprador decidiu contactar a PRM, denunciando o que estava a ocorrer. “Eu vi que aquele era um chefe que podia comprar a criança. Fiz tudo por tudo para conseguir o seu contacto telefónico, há uma semana, lá na zona de Matundo, onde tem obras de construção de casa”.

O indiciado contou que ele disse ao comprador que “tinha um grande negócio” mas não lhe foi dado atenção. “Insisti e acabou dizendo que eu deveria abrir o jogo e disse-lhe que se tratava de criança, que eu estava a vender por 300 mil meticais. Vi que estava a demorar em me responder. Insisti mais nos telefonemas e respondeu-me que poderia pagar 200 mil meticais em dinheiro vivo. Eu aceitei e combinamos o local para o negócio acontecer”.

Todavia, no sítio combinado apareceram agentes da PRM e detiveram Manhoso, que à Polícia alegou que não pretendia vender o filho, mas, sim, “se recebesse o dinheiro ia roubar uma criança de alguém no Guro, em Manica, e levaria o filho para estudar no Malawi.

A AIM indica que Manhoso acusou o seu irmão mais velho, que vive na zona de Caphirizanji, no interior do distrito de Moatize, de ter orquestrado o esquema.

Refira-se que Tete tem sido abalada por uma vaga de raptos de crianças com problemas de pigmentação da pele nos distritos de Marara, Cahora Bassa, Moatize e Angónia, onde os malfeitores já fizeram pelo menos sete vítimas, seis das quais de cinco anos de idade e uma de 19 anos, cujo paradeiro ainda é desconhecido.

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