O presidente da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM) – Central Sindical, Carlos Mucareia, disse, esta sexta-feira, em Maputo, que o maior sonho desta agremiação é que os trabalhadores moçambicanos tenham um salário mínimo que os permita viver de uma forma “humanamente aceitável”.
Falando em conferência de imprensa para fazer o balanço das actividades da organização durante o ano de 2011, Mucareia disse que o desafio da OTM – Central Sindical é aumentar o número de postos de trabalho e de salários dos trabalhadores moçambicanos para que possam cobrir as suas necessidades básicas e de suas famílias tais como alimentação, educação, cuidados saúde, entre outras.
“O nosso desafio é conseguirmos alcançar um aumento salarial condigno que permita os trabalhadores terem uma vida, no mínimo, humanamente aceitável”, disse Mucareia, sublinhando que “ainda estamos muito longe disso”. Contudo, a OTM, a maior organização sindical do país, reconhece que este ano, o país registou um maior incremento salarial (na ordem de 19,1 porcento), comparativamente com o ano passado.
Mas mesmo assim, os actuais salários estão aquém das necessidades porque “logo após a aprovação de salários, os preços disparam, encarecendo ainda mais o custo de vida”. Actualmente, o salário mais baixo permitido por lei é de 2005, 00 meticais (o equivalente a cerca de 74 dólares americanos).
Nas últimas negociações dos salários com o Governo e os empregadores, os sindicatos nacionais consideram que o salário mínimo ideal para um trabalhador é aquele que permitiria adquirir uma cesta básica aceitável e suficiente para um mês num valor de 7.250 meticais.