O Presidente da República, Armando Guebuza, afirma que a pobreza está a sofrer grandes golpes infringidos pelos moçambicanos, que se traduzem no aumento do número de infra-estruturas sociais que antes quase não existiam para satisfazer as necessidades dos concidadãos.
Guebuza, que falava, quinta-feira, no comício que orientou na localidade de Mangani, distrito de Angónia, que dista a 230 quilómetros da cidade de Tete, capital provincial, apontou, a título de exemplo, o aumento da produção de comida, do número de poços de água limpa, emprego, telefones e escolas em todo o país.
Angónia, com excelentes condições agro-ecológicas para a prática da agricultura, é também chamado “celeiro da província”, dotado de boas colheitas de milho, batata reno, batata doce, feijão, amendoim entre outras culturas de elevado valor comercial no mercado.
Segundo o rescaldo do Plano Económico Social (PES) 2010, a província de Tete teve uma produção agrícola 1.350 mil, o que representa uma execução 137,8 por cento e um crescimento na ordem de 66,8 por cento.
O estadista moçambicano disse que as realizações que o país está a registar são parte de um universo de coisas que o país não tinha antes e é verdade que um grande número de pessoas ainda não as têm.
Guebuza disse, a título de exemplo, que a energia eléctrica que, aliás Tete é capital da mesma, ainda não chega à muitos pontos do pais e mesmo nos lugares onde ela chegou há muitas pessoas que não têm dinheiro para pagar pelo seu consumo.
Todavia, para a concretização do desiderato é, segundo o presidente, necessário que todos continuem a combater a pobreza, cada um fazendo a sua parte.
O facto de haver ainda um longo caminho a percorrer na luta contra a pobreza faz, segundo o Chefe de Estado, com que apareçam pessoas a desanimar os que trabalham afincadamente na busca de um resultado concreto nesta caminhada.
“Há pessoas que colocam a panela no fogo e antes de a comida que estão a preparar ficar pronta, tiram a panela do fogo”, explicou o presidente, acrescentando que ficam a tagarelar em todo o lado que são ainda pobres, mas em vez disso deviam pegar na enxada com os outros.
Outro valor destacado por Armando Guebuza no comício de Mangani foi a importância de preservar a paz, que permite as pessoas trabalhar, produzir, realizar os seus objectivos, daí a importância de todos continuarem a defenderem-na, porquanto foi conquistada a custa de muito sacrifício.
Para recitar a poesia, dançar o “nyau” (declarado património da humanidade), que foi o momento mais marcante da recepção de Armando Guebuza, viajar sem problemas, ir a escola sem problemas é preciso preservar a paz.
“Nós continuamos a trabalhar e a defender a paz e a combinação deste esforço vai acelerar o nosso movimento e atrair mais investimentos”, disse o presidente.
“Falo da unidade porque é nessa unidade que está a nossa força”, disse Guebuza, que recuando no tempo, afirmou que Eduardo Mondlane, “Arquitecto da Unidade Nacional” quando descobriu que os moçambicanos andavam a perder por falta de unidade uniu-os e o fruto foi a independência.
“A unidade é como o ar que todos respiramos, ela é como a comida que temos de comer todos os dias e não é possível dizer que não queremos comer”, sublinhou Guebuza.
Sexta-feira, o presidente vai escalar o distrito de Chifunde, onde vai visitar as instalações da futura fábrica de processamento de cereais, orientar um comício, uma sessão extraordinária da secretaria da localidade de Camuenje, alargada a outros quadros, entre outras actividades.