Os manifestantes iranianos que questionam o resultado das eleições presidenciais recorrem ao Twitter para pedir resistência e difundir informações sobre os enfrentamentos com a polícia e partidários do presidente reeleito Mahmud Ahmadinejad.
Mensagens originadas no Irão inundaram na segunda a popular plataforma de microblgos, apesar dos esforços das autoridades iranianas para limitar as informações vinculadas aos protestos. Nos sites de relacionamento também circulam fotos apresentadas como de manifestantes feridos ou mortos. No Twitter, cuja sede se encontra nos Estados Unidos, o tema mais importante do dia são as eleições no Irão.
Um internauta batizado de “Persiankiwi” parece ser o principal orquestrador dos ataques informáticos contra os sites oficiais iranianos e fornece informações em tempo real sobre a evolução dos fatos. Os usuários do Twitter também questionam os grandes órgãos de informação por sua cobertura considerada insatisfatória. Uma página chamada “CNNfail” (CNN fracassa) critica de maneira particular a grande cadeia de informação americana.
Outros internautas fornecem endereços de servidores para frustrar o bloqueio do Irão contra a internet. “Os movimentos de resistência não violentos são, em geral, conduzidos por estudantes, gente jovem que nasceu na era digital”, explica Patrick Meir, um dos responsáveis pelo site iRevolution.
Numa mensagem intitulada “Como se comunicar em segurança em um ambiente de repressão”, Meir alerta seus leitores: “Os militantes políticos devem saber que seus regimes estão cada vez mais astutos e eficientes, já não são tão idiotas e ignorantes”.