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Os contos de fadas europeus têm encontro marcado na Polônia

Feudo das aventuras de um herói de uma história em quadrinhos polonesa, a cidadezinha de Pacanow no sul da Polônia construiu um centro de contos de fadas interativo com vocação europeia e pedagógica, bem distante do universo da Disney. Os baixinhos adoram!

Para penetrar no universo mágico do centro, é preciso deslizar por uma espécie de toca de coelho, com pantufas vermelhas. Mais ao longe, a floresta mágica abre-se aos pequenos visitantes. Flores gigantes, esconderijos a cada recanto, o prazer de subir em árvores. As crianças mostram-se maravilhadas com a mistura harmoniosa de cenários e de clima musical.

É proibido proibir, deixando fluir a vontade de tocar em tudo. “Aqui se fala dos animais, dos passarinhos que fazem cuco”, diz Ola, 6 anos, sentada confortavelmente numa flor gigante. “O que eu gosto mais, é…de tudo”, lança Ewa, 3 anos e meio, com as bochechas avermelhadas de emoção. Mais ao longe, pode-se atravessar um espelho mágico feito de uma parede de … vapor sobre o qual um projetor reflete a imagem de quem quer atravessá-lo. Tudo é gerado por um computador potente.

Um grande “oooooooooh” é o único comentário. Atrás do espelho, os tesouros do centro: contos de dezenas de países europeus, apresentados em bolas de cristal. A ideia do centro foi lançada em 2003 por um ministro da cultura da época. O local já estava escolhido. Cada criança polonesa conhece as aventuras de Koziolek Matolek, um bode simpático, um tanto simplório, herói de um conto dos anos 30 e que percorre o mundo à procura de Pacanow (pronunciar patsanuf) onde pretende colocar ferraduras, como um cavalo. Só existe um único centro parecido, que fica na Suécia.

Desde sua inauguração, há um mês, o local vem sendo tomado literalmente de assalto pelas famílias e o livro de reservas está cheio até o mês de de junho. As crianças têm à disposição, também, uma grande sala de espetáculos, com telões gigantescos multimídia, um jardim externo, uma biblioteca sempre aberta.

O centro se diz europeu “da gema”, pelo que nem Mickey Mouse, nem o Pato Donald são bem-vindos. “É um centro europeu, com contos europeus”, explica sua diretora Magdalena Janiak-Jaskolowska. Para ajudar as crianças neste universo mágico, estão presentes animadores especialmente formados, com estágios em improvisação, teatro, e conhecimento aprofundado dos contos de fadas.

Como deve ser, eles usam fantasias. “Graças a eles levamos nossos visitantes, em particular os bem pequenos, neste clima. É um trunfo suplementar em nosso trabalho pedagógico”, explica Sylwester Wasilewski ou o Rei Mathias 1º, personagem de um conto de Janusz Korczak. “Evitamos as histórias que não transmitam nenhuma mensagem.

É preciso falar de valores”, explica a diretora. “A animadora contou a história do Chapeuzinho Vermelho. Aproveitou para prevenir as crianças de que, na vida, pode haver lobos maus em todo o lugar, principalmente entre os desconhecidos. Foi muito original e verdadeiramente útil”, explica Sebastian Szczesniak, pai de Mateusz, 4 anos. O pequeno adorou.

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