Um opositor congolês, Paulin Makay, foi condenado, esta segunda-feira em Brazzaville, a dois anos de prisão efectiva e a uma multa de dois milhões e 500 mil francos CFA (quase quatro mil e 200 dólares americanos) por “incitação à desordem pública e à insurreição”, constatou a PANA no local.
Presidente do Partido Unido para o Congo (UPC), Makay deverá, por outro lado, pagar um franco CFA ao Estado congolês por perdas e danos causados.
Porém, o seu advogado, Yvon Eric Ibouanga, denunciou o veredicto qualificando de “ilegal e injusto” e anunciando consequentemente que vai interpor recurso.
“Contávamos com uma soltura pura e simples de Paulin Makaya, pois o Tribunal não deu provas da sua acusação”, indignou-se.
O veredicto foi pronunciado pelo presidente da Primeira Câmara Correcional do Tribunal de Grande Instância de Brazzaville, Edenga Valérien, na presença de vários militantes do UPC.
Considerado como instigador da marcha não autorizada de 20 de Outubro de 2015 contra o referendo constitucional, de 25 de Outubro de 2015, em Makélékélé, primeira autarquia da cidade capital, Brazzaville, Paulin Makaya está preso desde Novembro de 2015 no Centro de Detenção da mesma urbe.