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Oposição exige anulação de presidenciais na Guiné-Conacri

Os sete candidatos da oposição guineense que enfrentam o Presidente cessante, Alpha Condé, exigiram segunda-feira a anulação do escrutínio presidencial de domingo último que qualificaram de “farsa eleitoral”.

Durante um briefing com a imprensa, os opositores afirmaram terem provas de fraudes à grande escala em todo o território nacional, e que, desde já, não reconhecem os resultados da votação. O líder da oposição, Mamadou Cellou Dalein Diallo, da União das Forças Democráticas da Guiné-Conakry (UFDG), prometeu usar todas as vias legais para exigir a anulação “pura e simples” do escrutínio.

Ele alertou igualmente que as manifestações de rua poderão retomar-se se as eleições não forem anuladas. Depois de ter votado domingo na sua circunscrição eleitoral de Dixinn, um dos cinco distritos da capital, Conakry, ele convidou os seus militantes à calma e serenidade, antes de tomar como testemunha a comunidade internacional pedindo-lhe para ajudar o país a aplicar de maneira equitativa a justiça para todos.

A tomada de posição dos sete candidatos opositores foi imediatamente denunciada e criticada por Albert Damantang Camara, porta-voz do Presidente cessante, para quem “a nossa oposição nos acostumou, desde 2010, a similares declarações infundadas”.

Camara disse que o campo presidencial protesta por sua vez contra a disfunção constatada na organização do escrutínio e numerosos casos de fraudes registados em várias assembleias de voto do país onde militantes e simpatizantes da oposição “foram apanhados em flagrante delito”.

O ministro do Ensino Pré-Universitário e porta-voz do Governo pediu igualmente mais responsabilidade à oposição. Um dos grandes problemas constatados no dia do escrutínio foi a morosidade nas operações de voto devido a que as listas de eleitores que não foram estabelecidas por ordem alfabética.

Do seu lado, o chefe da delegação dos 72 observadores da União Europeia (UE), Frank Engel, fez a mesma constatação face à imprensa, mas disse que esta situação não podia manchar a regularidade do escrutínio.

Seis milhões de pessoas estão inscritas nos cadernos eleitorais e a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) anunciou ter instalado 14 mil assembleias de voto em todo o território nacional onde foram desdobrados dez mil observadores e 19 mil agentes dos serviços de segurança.

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