A oposição da Venezuela afirmou ter entregue 1,85 milhão de assinaturas às autoridades eleitorais do país nesta segunda-feira, parte do processo que pode levar à convocação de um referendo revogatório do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
A escassez de alimentos e remédios, a inflação de três dígitos, a disparada nos crimes violentos e os cortes cada vez mais frequentes de água e energia vêm atiçando a revolta contra Maduro.
A Mesa de Unidade Democrática (MUD) colectou bem mais que o 1 por cento de assinaturas de eleitores, ou quase 200 mil, exigidos para desencadear a próxima fase do referendo.
“Com esta estratégia bem sucedida, a MUD conseguiu obter uma mudança política urgente por meio de medidas impecavelmente pacíficas e constitucionais”, tuitou o líder da coligação, Jesús Torrealba, nesta segunda-feira.
Agora o comité eleitoral precisa validar as assinaturas antes de a oposição colectar outras 20 por cento, ou cerca de 4 milhões, para que a consulta popular possa acontecer.
Mas a Suprema Corte e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), simpáticos ao governo, vêm frustrando as iniciativas da Assembleia Nacional repetidamente.